Meu amigos, após uma semana apocalíptica, mas verdadeira, tive a fantástica oportunidade de participar sexta passada, 26/03/10, de um "Chai Filosófico" com a professora de Ioga Mirian Aguiar e o professor de Filosofia Pablo Capistrano. Não é que eu tenha me mudado após aquele encontro, porque a própria sexta de modo geral foi preponderante para me metamorfosear, mas depois daquele encontro tive a certeza que teria tido um encontro com outro modo de vida, outro modo de pensar a vida. Vamos aos fatos.
Sai da aula pela manhã e marquei com dois amigos, Jéssica e Bruno, para irmos à "palestra" que nosso ex-professor iria dar. Até ai tudo bem. Peguei Jéssica em casa e depois Bruno no meio do caminho também e fomos atrás da "Instituição" onde se daria o encontro. Pelo endereço que foi achado no Google, nós procuramos e não achamos porra nenhuma e ai começam os fatos hilariantes.
Na primeira rua que entramos, paramos logo para procurar informações de onde seria a bendita "Instituição" e vimos uma mulher [ou um homem] na calçada e já chegamos rindo por outras piadas de dentro do carro. No entanto, quando baixei o vidro para perguntar, eu ainda estava rindo e a pessoa que lá estava era um travesti sentado na frente de uma casa e quando me viu rindo e perguntando "sabe onde tem uma instituição de ioga por aqui?", não contou história fez uma cara que eu pagaria para mostrar a vocês e eu disse "foda-se" e sai. De fato, pensou que eu estava a tirar sarro com sua cara. E continuamos nessa nossa empreitada pelo Conjunto dos Professores até que encontramos com algumas pessoas em frente a uma casa e fizemos a mesma pergunta e a mulher respondeu: "olha, aqui na frente tem uma professora de Ioga, vá lá e faça assim: din don na campainha, é fácil". Tirou onda mesmo...
Isso já eram 19:30 e o encontro teria começado às 19:00 horas. Já em desespero, ligo para o celular de Pablo e só chama, isto é, já tinha começado mesmo! Haja procurar, o carro entra na reserva e eis que ligamos para a irmã de Jéssica para ela ver no site de Pablo o endereço correto e algum telefone. Ela deu o endereço e percebemos que já tínhamos realmente passado por lá e não vimos a tal "instituição" e fomos na mesma direção outra vez, enquanto eu ligava para o número também e nada de atender, mais uma confirmação: realmente já tinha começado. São 19:40! De repente, entramos na rua dita e vamos procurando o número e nos damos em frente a uma casa com uns panos pendurados na frente, e para piorar: todo mundo sentado e descalço. Entrei logo em desespero porque tinha saído todo arrumado e esperando uma palestra, sei lá, mesa redonda e tal. Quando descemos do carro, ainda passamos uns 15 minutos pensando em entrar ou não, haja vista, que 40 minutos já tinham se passado. Nessa indecisão e nervosismo, de repente se aproxima dois rapazes e um dele eu reconheço na hora: era um ex-colega de sala do curso de inglês há um ano atrás. Ele diz: "tá perdido bicho? Veio participar do encontro? Entra ai, eu moro ai!". Pronto, Emanuell e os demais morreram! Tivemos que entrar mesmo e como teria me arrependido se não tivesse entrado...
Após uma agradabilíssima conversa sobre Filosofia Oriental, Ocidental, Heidegger, Deuses, com direito a um celular tocando na hora ("Quem é chicleteiro ai? Se você é chicleteiro...") e muito mais, todos nós fomos presenteados por outra dinâmica. Todos se deitaram ou ficaram em outras posições que lhes agradassem e uma das alunas da professora começou a cantarolar junto com um som muito grave que saia de algum lugar que eu nem vi. Mas o problema vem agora: Jéssica é muito fraca para rir e quando a mulher começou a cantarolar de forma não convencional, afinal, era nossa primeira vez ali, eu tive que me virar para o outro lado, porque se eu olhasse para Jéssica ela não iria rir, ela iria GRITAR de rir e seria algo, no mínimo, constrangedor.
Após isso, todos nós fomos presenteados com um Chai (chá indiano) delicioso. Só lembro do forte gosto de canela e/ou gengibre, sei lá, estava bom mesmo! Após outras conversas paralelas com o professor Pablo e a ex-coordenadora do Curso de Direito da UERN, fomos embora. Mas a noite não tinha terminado...
Como toda fim de carreira, fomos parar em alguma lanchonete. Isso porque Bruno não quis sair do carro quando fui deixá-lo na parada, ai tive que levar todos para algum lugar para conversar e digerir o dia. E que dia! Após, conversa vai e conversa vem, hora de ir embora e quando estamos dentro do carro, só eu e Jéssica, Bruno, que estava fora, porque ficaria ali mesmo para pegar o ônibus, diz: "Espero que eu sonhe com essa porra". Pois bem, sonhemos todos com essa porra!